Caros da minha lista de correspondentes.
É impressionante o espírito de dependência do povo brasileiro em todos os níveis. No atual momento, os mau sucedidos na vida clamam pela continuidade do governo petista com medo de perderem a única coisa que conseguiram na vida: uma bolsa-esmola que os mantêm vivos e vegetando. Os bem sucedidos (assim entendidos os magnatas donos do dinheiro) clamam pela mesma coisa porque não querem correr o risco de ver seus estratosféricos lucros diminuir. No meio desses situa-se uma classe média mais ou menos esclarecida que clama pela volta dos militares ao poder. Na periferia está a classe dos aproveitadores (intelectuais, artistas, homossexuais, lésbicas e assemelhados) para os quais governo bom é aquele que lhes beneficia e lhes toleram as suas aberrações morais.
Uns são dependentes de um governo paizão, salvador da pátria, benemérito, populista, falastrão, inconsequente como o que ai está. Outros são dependentes de governos fortes, autoritários, truculentos mas que não mexam no seu queijo. Nesta categoria se encaixaram os governos militares.
No fundo são todos dependentes de um governo à sua imagem e semelhança. O rodízio antidemocrático que se observa nos governos brasileiros desde que a república foi instituída pelo marechal Deodoro da Fonseca, quando satisfaz a um grupo contraria o outro. E a balbúrdia continua ad infinitum.
Para não cometer injustiça, devo citar um quarto grupo, este constituído pelos que têm a capacidade de pensar, raciocinar e deduzir. Este grupo está permanentemente insatisfeito porque sabe que uma nação de verdade não se constrói na base do improviso e das tentativas de erros e acertos e, muito menos, na base da canalhice como aconteceu com o Brasil.
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Ora, o Brasil é fruto de um ato de covardia posto que a fuga de D. João VI de Portugal sob a proteção da armada inglesa, deixando seus súditos entregues à própria sorte e a mercê de Napoleão, deu origem à pedra fundamental do Brasil como nação. Quando o grito do Ipiranga foi proferido por seu filho D. Pedro I, D. João já havia retornado com seus objetivos alcançados: pagou a dívida que Portugal tinha para com a Inglaterra com o produto do saque efetuado meticulosamente em terras brasileiras numa época em que o ouro, a prata e o diamante aflorava à flor da terra, e estabelecido no Brasil uma corte à imagem e semelhança da corte portuguesa, com os súditos privilegiados orbitando em torno da coroa e administrando seus privilégios (as capitanias hereditárias foram um deles) com o trabalho escravo do negro africano. Tal estado de coisas deu origem à proclamação da república já que os militares, encorajados pelo poder das armas, foi o primeiro grupo insatisfeito a tentar mudar os rumos da nação em formação espelhados na independência dos Estados Unidos. Pena que entre eles não havia um George Washington, um Benjamin Franklin ou um Thomas Jefferson, capazes de redigir uma constituição democrática de vida longa com objetivos voltados para o futuro. No Brasil, os objetivos são sempre imediatistas.
De lá até hoje o que se vê é um país sendo conduzido aos trancos e barrancos enquanto se formava uma população miscigenada pela promiscuidade entre portugueses ladrões, assassinos e escravocratas, negros ignorantes e brutalizados pela escravidão e índios indolentes e preguiçosos. Tal engenharia genética não poderia resultar em outra coisa que não fosse uma nação desunida, multifacetada em seu caráter e sem personalidade própria, chegando ao século XXI constituída por grupos lutando entre si pelos seus interesses e privilégios, sempre com seus representantes a postos no Congresso Nacional. E chamam isto de democracia, absurdo dos absurdos.
Não é, portanto, de causar espanto que muitos defendam, ingenuamente, a volta dos militares ao poder sem atentar para o fato de que foram os governos militares do período 1964/82 os principais responsáveis pelo que ai está. Conquanto bem intencionados e justificados em suas ações para evitar o perigo comunista que à época assediava o país, não tinham sequer o conhecimento da personalidade e da alma dos comunistas, pois se o tivessem, os teriam eliminado todos fisicamente e hoje uma ex-terrorista e assaltante de bancos não estaria cotada a ser a próxima presidenta do Brasil.
É por isto que, quando recebo esse tipo de texto produzido por militares na reserva, não lhes dou a mínima importância porque sei que nada resultará desse palavrório todo. Eles, que acham que a pátria está em perigo, são incapazes de se organizar em um grupo e começar a fazer o que deveria ser feito, começando por matar corruptos. Nenhuma revolução no mundo foi feita por escrevinhadores ou falastrões, e sim, por homens de ação. Eles são muito bons em formar associações e dispõem de muitos bons escrevinhadores. Observem que neste "manifesto" eles citam 15 associações de ex-militares hoje na reserva, devendo ter esquecido algumas, sobretudo o Clube Militar, a maior de todas.
Seus redatores compõem o "manifesto" estruturado em tópicos sempre começando por uma palavra chave: PROCLAMAM, DECLARAM, INFORMAM, CONDENAM, REAFIRMAM, REJEITAM, MANIFESTAM, DEFENDEM, PROTESTAM, CLAMAM, RECONHECEM, APONTAM, DESAPROVAM, REITERAM, RECORDAM, SUSTENTAM, CONSIDERAM, LAMENTAM, CRITICAM, ATENTAM, DENUNCIAM e finalmente CONFIAM. Deve ser em Deus tamanha confiança. Acontece que Deus não se mete em assuntos alheios ao seu mister que é administrar o Universo.
Ficou até bonito assim. Mas, em nenhum momento usaram os termos AÇÃO, DECISÃO, RESOLUÇÃO, pois são estes em última análise os que importam. Escrever se escreve sentado diante do computador numa sala com ar condicionado. Agir é que são elas.
Sinceramente, amigos, são clubes recreativos voltados para o lazer de seus sócios e familiares, nada mais que isto.
Isto posto, subscrevo integralmente o que o Prof. Ricardo Bergamini escreveu ai em baixo. Esta é a verdade e o resto é conversa para bêbados, como ele costuma dizer.
Abraços a todos,
Otacílio
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Amigo Lacaz
Nossas Forças Desarmadas de Brancaleone (Usina de Inativos) não tem nenhuma moral, por dois motivos:
1 - Defesa gasta mais com inativos do que com ativos
- Gastos com pessoal militar: 38,99% com ativos e 61,01% com inativos (reserva, reforma e pensão) (Fonte MF).
2 - Por ter, após 20 anos no poder absoluto, nos legado assassinos e criminosos como Dilma Russet (Não sei o nome correto dessa assaltante de banco), Franklin Martins, José Dirceu, dentre muitos outros. A revolução de 1964 fracassou!!!!! Não tem mais nenhuma chance.
Ricardo Bergamini
domingo, 7 de março de 2010
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